domingo, 24 de junho de 2012

Reflexão



   Esse é o Simba, personagem da história de hoje.
   O caso foi o seguinte: Um morador do meu condomínio o achou perdido, molhado e com fome nas ruas daqui de dentro e, sabendo na minha luta em prol dos animais, não exitou e me ligou: "Bruna, resgatei um cachorro há 3 dias, mas não posso ficar com ele."
   Ao sair do trabalho, peguei o Simba e trouxe para minha própria casa e a partir desse momento, seria minha responsabilidade cuidar e, obviamente, achar um lar para essa criatura tão meiga e cativante, porém triste.
   Para ser muito sincera, não é difícil resolver casos assim. Salvar animais das ruas é tão gratificante que a solução, acaba vindo rápido. Porém, acreditávamos que ele pudesse ter um dono, já que foi encontrado dentro do condomínio usando coleira e, também, por ter hábitos educados.
   Durante um tempo, trabalhamos com essa hipótese e fomos em busca desse suposto dono. Sem sucesso, partimos para outra meta: Achar outro.
   Muitas pessoas se interessavam por ele, principalmente ao saber que ele é bonito, saudável, educado e carinhoso, além de ser um Golden Retrivier. Mas quando eu dizia sua idade ou quando as próprias pessoas pessoalmente reparavam na possibilidade dele ser um cão idoso, todas as chances da adoção ser firmada, se escorregavam e escorriam junto a toda água da chuva desse mês chuvoso.
   Foi, então, que ficava cada dia mais triste, indignada e revoltada.
   Como pode um cachorro ter tantas qualidades, mas ser recusado por causa de sua idade avançada??
   Como pode alguém não querer ficar com um ser que passou a vida inteira destinando lealdade a amor as pessoas??
   Como pode alguém esquecer que todos nós também chegaremos a 3ª idade??
   E como pode alguém achar que só por ele não ser mais tão brincalhão como um filhote, não seria capaz de tornar seu dono feliz por tê-lo??
   Enfim, a luta pela busca continuou e felizmente o dono verdadeiro acabou aparecendo, após ter visto a foto de seu "filho" publicada em anúncios no site do nosso condomínio.
   Graças a Deus, tudo foi felizmente resolvido e passei a pensar que se todos que o recusaram, pudessem ter visto a festa de amor desse reencontro, entenderiam que a idade não significa absolutamente nada para quem ama ou para quem estiver disposto a amar.

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